É comum que as pessoas que são acometidas pela artrite reumatoide pensem que não é possível fazer atividades físicas, tendo em vista se tratar de uma doença inflamatória crônica e autoimune. Ela atinge as articulações do corpo, como as mãos e os pés, e gera uma série de sintomas, sendo eles dores, inchaço, vermelhidão, calor, entre outros.
No entanto, apesar de a doença ocasionar certas limitações, os exercícios podem proporcionar vários benefícios, como o fortalecimento dos músculos, redução da dor e auxílio no tratamento, desde que realizados de forma adequada.
Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para mostrar como as atividades físicas ajudam a aliviar as dores de quem tem artrite reumatoide e quais são as mais indicadas. Confira!
Quais são os tipos mais indicados de atividades físicas para quem tem artrite reumatoide?
As atividades físicas para artrite reumatoide têm a finalidade de fortalecer os músculos que fazem parte das articulações afetadas e aumentar a flexibilidade de ligamentos e tendões, proporcionando mais estabilidade no decorrer dos movimentos. Isso pode levar ao alívio da dor e diminuição de riscos de maiores danos, como entorses e luxações.
É preciso ressaltar que os exercícios precisam ser orientados por um especialista, tendo em vista que alguns aspectos, como gravidade do caso, idade, condições clínicas do paciente, entre outros, precisam ser levados em conta.
Natação
A natação é uma ótima forma de elevar o condicionamento das articulações de todo o corpo. Entre os seus principais benefícios, estão o trabalho e o fortalecimento de grandes grupos musculares, bem como o condicionamento do sistema cardiovascular.
Hidroginástica
A hidroginástica proporciona praticamente os mesmos benefícios da natação. Pelo fato de a água amortecer os impactos dos pés com o chão, disponibiliza maior resistência que o ar, então, a ginástica realizada dentro da piscina gera mais gasto calórico, sem afetar as articulações.
Exercícios isométricos
Quando os exercícios mais habituais se tornam muito difíceis de serem executados, a isometria é uma boa opção para fortalecer os músculos e proteger as articulações corporais. Esse modelo de atividade consiste em forçar os músculos, sem gerar um movimento ou mudança de ângulo nos locais mais afetados pela artrite reumatoide.
Eles podem ser feitos em intensidades variadas, que são definidas considerando as limitações e necessidades de cada indivíduo.
Alongamentos
Tratam-se de exercícios mais leves que, praticados de forma correta e periódica, ocasionam a melhora da força e estabilidade muscular, além do aumento da flexibilidade e diminuição das lesões geradas pelos esforços das atividades do dia a dia. A quantidade de vezes da semana em que a atividade deve ser feita para ser eficaz, e os movimentos mais apropriados, também vão depender da avaliação de um profissional.
Exercícios de força e resistência
Esse tipo de atividade ajuda a fortalecer os músculos, proteger as articulações e minimizar a carga sobre elas. Esse modelo requer o controle de um profissional da área, tendo em vista que cada grupo muscular deve ser treinado com uma certa periodicidade e de forma moderada, como, por exemplo, exercícios funcionais e flexões.
Exercícios de equilíbrio
A artrite reumatoide pode ocasionar alguns problemas de equilíbrio, o que leva ao aumento da quantidade de vezes em que a pessoa pode tropeçar ou cair. Sendo assim, exercícios que contribuem para esse controle são boas alternativas. A boa notícia é que muitos deles podem ser feitos em casa.
Exercícios de baixo impacto
Essas atividades envolvem caminhada, subir escada, pilates e outras. Elas são excelentes para controlar a pressão sanguínea, manter o colesterol nos níveis desejados, queimar calorias, fortalecer o sistema cardiovascular etc. Seus benefícios para quem tem artrite reumatoide estão ligados ao fato de que pessoas nessas condições estão mais propensas a ter doenças cardíacas.
Outro ponto importante é que os exercícios contribuem para o retardamento da massa óssea provocada pela artrite, o que vai influenciar diretamente na redução das chances de osteoporose no futuro.
Exercícios aeróbicos
Abrangem atividades que utilizam os músculos do corpo de forma repetitiva e rítmica, o que leva à melhora dos pulmões, coração e função muscular. É o modelo de exercício que apresenta mais vantagens para o controle de peso e saúde em geral. Como exemplo, citamos dança, corrida, caminhada etc.
Quais cuidados devem ser tomados por quem tem artrite reumatoide na hora de praticar exercícios?
Como já foi dito, é importante que os portadores de artrite reumatoide escolham uma atividade física para fazer. Dessa forma, manterão as articulações saudáveis, flexíveis e com suas funções motoras preservadas, evitando que elas se deformem com o passar do tempo.
Nem sempre é fácil ignorar a dor e demais sintomas causados pela doença e prezar por uma rotina saudável. Contudo, por meio de um bom acompanhamento médico e da prática de exercícios adequados, de acordo com a gravidade do quadro e rotina do paciente, é possível minimizar os desconfortos gerados por esse tipo de inflamação e ter uma vida mais próxima da normalidade.
Além disso, existem alguns cuidados que devem ser implementados no momento de exercitar e, com isso, evitar erros que podem ocasionar no agravamento da doença com o decorrer do tempo. Veja alguns dos exemplos de precauções que devem ser tomadas:
- começar devagar, separando um tempo para pausas. Assim, vá aumentando gradativamente a intensidade dos exercícios, tendo atenção para nunca exagerar;
- antes de iniciar, uma boa ideia é fazer compressas com toalhas quentes ou tomar um banho quente para relaxar as articulações e músculos;
- evitar movimentos rápidos e repetitivos das articulações afetadas;
- depois de finalizar a atividade, aplicar gelo nas articulações por alguns minutos, caso tenha necessidade.
Conseguiu perceber como a atividade física pode aliviar os sintomas provocados pela artrite reumatoide? No entanto, para que isso aconteça, o ideal é consultar um médico para avaliar a gravidade do caso e recomendar os exercícios, seus ritmos e suas frequência mais apropriados. Dessa forma, garantirá um tratamento eficaz e que não vá gerar problemas no futuro, além de assegurar bem-estar e qualidade de vida para o paciente.
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