A contusão é um problema mais comum do que os esportistas gostariam. É natural que em algum momento, na prática de exercícios físicos, ocorra alguma torção, lesão muscular, ou até mesmo fratura óssea. O grande desafio dos atletas, amadores ou não, é minimizar os riscos, praticando o exercício de maneira correta e segura.
Entre as lesões mais frequentes está a contusão e distinção musculares, a contusão muscular ocorre quando o músculo é submetido a uma força de compressão, como um golpe direto. Famosa no futebol, tem como exemplo a “paulistinha”, ou “tostão”, lesão causada por um chute na coxa.
Já na distinção, ou estiramento, significa que o músculo foi submetido a uma tração excessiva, levando a sobrecarga das miofibras, e por consequência, suas rupturas. Como exemplo, se dão as lesões causadas por excesso de carga ou grande intensidade de determinado exercício.
Enquanto na lesão muscular o músculo tem a sua cicatrização através de reparação, onde há formação de um tecido fibroso entre as duas partes do tecido lesionado, numa fratura óssea, o processo cicatrização se dá por regeneração, em que o osso é curado através da formação de calo ósseo, que logo se remodela em tecido ósseo.
Contusão leve – grau 1
O estiramento se dá uma menor quantidade de fibras musculares, com dor localizada que desaparece no repouso. O edema pode não ser notado no exame físico. Os danos estruturais são mínimos, assim como a hemorragia. As limitações são leves, e possui bom prognóstico, com chances de cura relativamente rápida.
Contusão moderada – grau 2
Possui número maior de fibras lesionadas, portanto a dor é maior e a hemorragia é moderada, além de poder haver processo inflamatório. Torna os movimentos mais limitados e a sua resolução é mais lenta.
Contusão grave – grau 3
Quando ocorre a ruptura completa do músculo ou de grande parte dele. Resulta na perda total da função muscular, com a presença de defeito palpável e visível. A dor vai de moderada a intensa, e a hemorragia é grande.
Qualquer uma dessas lesões levam à interrupção imediata do exercício, à medida que diminui a flexibilidade, causa desequilíbrio de forças, falta de coordenação, uso de técnica incorreta, causa sobrecarga e fadiga. Em casos mais graves podem gerar distúrbios nutricionais e hormonais, infecções e alterações biomecânicas.
O tratamento tem por princípio o método PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão local e elevação do membro acometido. Em casos mais graves, podem ser indicadas órteses (tipoias, muletas e estabilizadores).
Comumente utilizado por atletas, o tratamento se dá em mobilização do membro dentro dos parâmetros de segurança para não ampliar a área da lesão, o uso de ultrassom pulsado, que aumenta o metabolismo local e ajuda na reparação e redução da inflamação e o ultrassom continuo que estimula a circulação sanguínea. Já um laser é aplicado na fase de cicatrização, reabsorvendo hematomas e reduzindo inflamação.Para retomar os exercícios, o tempo depende da intensidade da lesão, é indicado o fortalecimento muscular o quanto antes, no primeiro momento em que a dor desaparece, já os exercícios devem recomeçar em baixa intensidade, aumentando conforme a recuperação e tolerância do indivíduo. Ao retomar plenamente as atividades, todo cuidado é pouco para não relesionar o local, assim como para prevenir-se de novos machucados.