O período de isolamento, para muitos, já se estende em muitos meses e essa situação tem elevado os níveis de ansiedade das pessoas que seguem essa orientação. O estresse é ainda mais alto nas famílias com crianças, que se esforçam em equilibrar o cuidado com os filhos, muitas fezes em rotina de aulas on-line, mais as obrigações do trabalho remoto.
Com as aulas presenciais e o contato social suspensos, as crianças, que são naturalmente dotadas de muita energia e curiosidade, estão desenvolvendo formas de ansiedade durante o isolamento.
Tudo isso se intensifica quando o acesso aos aparelhos eletrônicos é facilitado e esse recurso é utilizado com intensidade para “distrair” e ocupar o tempo.
As consequências nas crianças podem ser observadas através de alguns sinais como alterações das funções cognitivas, das habilidades sociais, do padrão do sono, flutuação do humor, do apetite, pois muitas crianças passaram a comer mais, dificuldades de concentração e, principalmente, queda no desempenho escolar.
Junto a isso, o ambiente familiar torna-se conflituoso, já que os pais estão estressados e que pode contribuir para o agravamento da ansiedade nas crianças. O desafio está em distinguir as reações, que normalmente são confundidas com birra ou preguiça.
Algumas crianças também apresentam queixas físicas como dores de cabeça, de barriga, o que pode dificultar o diagnóstico.
É importante os pais ficarem atentos às mudanças de comportamento da criança, buscando compreender a relação do momento presente com os sintomas. O apoio familiar é fundamental como forma de acolhimento, sem pressionar ou criticar a criança.