O magnésio, o segundo oligoelemento intracelular mais abundante no organismo, é um mineral que desempenha diversas funções importantes no metabolismo, incluindo o processamento de proteínas, carboidratos e gorduras. Nesse sentido, a carência de Mg no organismo pode gerar diversos problemas, incluindo o cansaço e a fadiga.
Segundo o artigo “Efeito da deficiência dietética de magnésio” , da Biblioteca Digital da USP, em casos graves de deficiência de magnésio, pode ocorrer ainda a hipersensibilidade muscular ou até mesmo convulsões. Isso deixa claro a extrema importância de entender o que causa a hipomagnesemia, quais os indícios da falta de magnésio, e como corrigir esse problema.
Pensando nisso, a Marjan Farma desenvolveu esse artigo com tudo sobre a deficiência de magnésio, desde as causas dessa deficiência até a forma de como combatê-la. Confira o texto!
Quais são os sintomas da falta de magnésio?
O Magnésio baixo no organismo pode gerar uma variedade de sintomas que afetam diferentes sistemas no corpo. Os sintomas mais comuns da falta de magnésio incluem fadiga, fraqueza muscular, cãibras, formigamento e dormência, especialmente nas extremidades. Todos esses sintomas se devem ao auxílio que o magnésio dá ao corpo no funcionamento neuromuscular e muscular.
Além dessas consequências, existem alguns outros sintomas causados pela deficiência de Mg no corpo, incluindo:
- Problemas gastrointestinais, como náuseas e vômitos.
- Distúrbios do sono.
- Irritabilidade.
- Falta de concentração.
- Complicações cardiovasculares, como arritmias.
O que causa a falta de magnésio?
A deficiência de magnésio no corpo pode ser causada por diversos fatores. Entre as principais razões estão:
- Dieta pobre em magnésio: Consumir alimentos com baixo teor desse mineral, como alimentos processados e refinados, pode resultar em ingestão insuficiente de magnésio.
- Problemas de absorção intestinal: Algumas condições médicas, como doenças intestinais inflamatórias, síndrome do intestino irritável e doença celíaca, podem interferir na absorção adequada de magnésio pelo organismo.
- Consumo excessivo de álcool: O álcool pode aumentar a excreção de magnésio pelos rins, contribuindo para a deficiência.
- Diabetes: Pessoas com diabetes têm maior risco de deficiência de magnésio devido à excreção aumentada de magnésio pela urina.
- Idade avançada: À medida que envelhecemos, a absorção de magnésio pode diminuir e as necessidades do corpo podem aumentar, aumentando o risco de deficiência.
- Uso de certos medicamentos: Alguns medicamentos, como diuréticos e antibióticos, podem interferir na absorção ou aumentar a excreção de magnésio.
- Condições médicas específicas: Certas condições, como insuficiência renal, hiperparatireoidismo e hipertireoidismo, podem contribuir para a deficiência de magnésio.
Como saber se tenho deficiência de magnésio?
Por conta da variedade e amplitude dos sintomas, a identificação da deficiência de magnésio pode ser uma tarefa desafiadora. Estar atento aos sintomas citados acima, como fadiga, cansaço e falta de energia pode ser um bom começo.
Outra forma eficiente é avaliar a presença de alimentos ricos em magnésio na sua dieta. Caso haja falta deles, este é um bom indício de que seu organismo pode estar carente do mineral em questão. De qualquer forma, a maneira mais confiável de diagnosticar a hipomagnesemia é com a realização de um exame de sangue, e posteriormente, uma consulta médica.
Dessa forma, será possível assegurar a falta de Mg, e também seguir com um plano de ação junto ao médico que estará realizando o exame.
Como suprir a falta de magnésio no organismo?
Para combater a deficiência de magnésio, o ideal é que as quantidade ideais de magnésio no corpo sejam atendidas diariamente, visando atender a todas as funcionalidades que o Mg desempenha no organismo.
Segundo o Ministério da Saúde, a quantidade ideal de Magnésio que uma pessoa deve ingerir diariamente varia conforme a etapa da vida que esse indivíduo se encontra. A quantidade em miligramas de magnésio que deve ser consumida diariamente por cada indivíduo é a seguinte:
- Indivíduos Adultos: 260 mg de Magnésio p/ dia
- Crianças entre 0 e 6 meses de vida: 36 mg de magnésio p/ dia
- Crianças entre 7 e 11 meses de vida: 53 mg de magnésio p/ dia
- Crianças de 1 a 3 anos: 60 mg de magnésio p/ dia
- Crianças de 4 a 6 anos: 73 mg de magnésio p/ dia
- Crianças de 7 a 10 anos: 100 mg de magnésio p/ dia
Sabendo dessas informações, é possível entender a quantidade de magnésio que deve ser consumida, e dessa forma, escolher a melhor forma de consumo desse mineral, que é justamente o que falaremos agora.
Consumo de alimentos ricos em magnésio
Inserir na dieta alimentos que possuem quantidades significativas de magnésio é uma forma extremamente eficaz de combate à deficiência desse mineral. Abaixo, separamos uma lista com diversos alimentos ricos em Mg que podem se encaixar nas suas diferentes refeições do dia, como:
- Sementes de abóbora
- Amêndoas
- Espinafre
- Feijão preto
- Abacate
- Bananas
- Cacau
- Salmão
- Quinoa
- Castanhas do Brasil
- Iogurte
- Acelga
Suplementação de Magnésio
Além do consumo natural de Mg através da alimentação, outra forma de suprir as necessidades do corpo no que tange o magnésio é através da suplementação.
Os suplementos alimentares com alto teor de magnésio servem para, através de uma ingestão rápida e prática, proporcionar o aumento da quantidade desse mineral no corpo e consequentemente, assegurar que as funções de auxílio do magnésio no organismo, como no metabolismo energético e no equilíbrio de eletrólitos, possam ser desempenhadas.
Agora que você já sabe tudo sobre deficiência de magnésio, você pode criar hábitos mais saudáveis para se prevenir da falta desse mineral tão importante. Se quiser mais sobre saúde alimentar, alimentação saudável e suplementação, acesse o blog de Marjan e confira!
Referências:
AMORIM, Aline G. Influência da suplementação de acetilcisteína na função pulmonar de pacientes com fibrose cística. [S.l.]: Universidade de São Paulo, 2010. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-22042010-114848/publico/TESE_Aline_G_Amorim.pdf. Acesso em: 10 jan. 2024.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC Nº 269, de 22 de setembro de 2005. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/rdc0269_22_09_2005.html. Acesso em: 10 jan. 2024.