O sistema imunológico diz respeito a um conjunto de células, tecidos e órgãos que têm a finalidade de proteger o organismo contra agentes infecciosos invasores e, dessa forma, evitar o surgimento de diversas doenças.
Sendo assim, a realização de exames, como o de sangue, é importante para um diagnóstico preciso, para entender se a imunidade está boa ou ruim, para realizar o tratamento médico adequado, caso alguma alteração significativa seja encontrada, e para impedir maiores complicações.
Quer entender quais são as consequências de um sistema imunológico enfraquecido e o que pode ser feito para fortalecê-lo? Então, continue a sua leitura!
O que é o sistema imunológico?
O sistema imunológico, também conhecido como imune ou imunitário, é um dos 13 sistemas que compõem o nosso corpo. Ele é responsável pela defesa do organismo contra agentes infecciosos e outras substâncias estranhas que possam pôr em risco a nossa saúde. Assim como os outros, é um sistema complexo formado por diversos elementos biológicos, que vão desde moléculas, como os anticorpos, até órgãos, como o timo.
Dessa forma, o sistema imunológico forma uma rede de proteção. Quando um antígeno entra em contato com o corpo, não só encontra diversas barreiras que buscam impedir que invada e infecte o organismo, como também são ativados mecanismos que estimulam os agentes imunológicos. Essas barreiras são conhecidas como resposta imune e constituem-se em dois tipos: a imunidade inata e a adaptativa.
Sistema imune inato
Essa é a primeira linha de defesa do organismo, já que é constituída por um conjunto de barreiras físicas, fisiológicas e celulares que nos acompanham desde o nascimento. Para que se desenvolva no corpo, não é necessária a exposição a um patógeno. Por esse motivo, é caracterizada pela rapidez e pela pouca especificidade.
É também conhecida como imunidade natural. São exemplos dela: a pele, os pelos e o muco, cujo objetivo é impedir ou retardar a entrada de substâncias ou seres estranhos, o suco gástrico e a temperatura do corpo e as células de defesa, como os neutrófilos, os linfócitos e os macrófagos, que atuam na destruição dessas substâncias e seres.
Além disso, anticorpos e algumas informações referentes à imunidade são transmitidos para o bebê, durante a gestação, pelo cordão umbilical e pela placenta, e durante a amamentação, por meio do leite materno. Estes também fazem parte da imunidade inata.
Sistema imune adaptativo
Igualmente conhecida como imunidade adquirida, essa é a imunidade desenvolvida continuamente ao longo da vida. Ela ocorre como uma resposta adaptativa do corpo ao meio externo, habitado por infinitas substâncias e micro-organismos maléficos ao organismo.
Ao ser exposto a determinado micro-organismo, ativo ou inativo, o sistema imune passa a desenvolver substâncias que conseguem reconhecer, combater e destruir esse micro-organismo do modo mais específico e eficaz. Para tanto, está dividido em duas subcategorias: imunidadehumoral e imunidade celular.
A imunidade humoral diz respeito à ação dos anticorpos, substância também chamada de Imunoglobulina (Ig), produzidos pelos linfócitos B para o reconhecimento e a eliminação de antígenos.
Já a imunidade celular ocorre quando a imunidade humoral não conseguiu dar conta do agente infeccioso e ele se proliferou pelo organismo. Nessa situação, os linfócitos T se espalham por outros tecidos a fim de eliminar o agente e as células infectadas. Por fim, é caracterizada pela especificidade e pela capacidade de memória.
As vacinas funcionam com base nesse tipo de imunidade. O corpo é submetido à presença de um agente infeccioso inativo, enfraquecido ou, ainda, uma porção dele, de modo que não poderia se desenvolver, estimulando a produção de substâncias responsáveis pelo reconhecimento e a destruição desse agente.
O que pode enfraquecer o sistema imunológico?
Existem vários fatores responsáveis por deixar o sistema imunológico baixo. Por exemplo, alguns indivíduos podem apresentar imunodeficiência. Trata-se de uma desordem imunológica em que o organismo não consegue desenvolver um sistema de defesa eficaz.
Além disso, podemos destacar também como causas as doenças crônicas, como asma, insuficiência renal e hepatite, e as doenças autoimunes, que acontecem quando o sistema imunológico ataca o próprio organismo, como vitiligo, diabetes do tipo 1, doença de Crohn, entre outras.
Os hábitos de vida do indivíduo podem contribuir para a queda da imunidade, já que geram sobrecarga no organismo e reduzem a capacidade de reação do sistema imunológico. Exemplos de hábitos ruins são: má alimentação, estresse, sedentarismo, consumo de drogas e álcool, má qualidade do sono, entre outros.
Quais as consequências de um sistema imunológico baixo?
Quando funcionando adequadamente, o sistema imunológico é capaz de combater diversas infecções e doenças, como gripes e resfriados, e evitar suas complicações. Sendo assim, o corpo tende a se mostrar mais forte, resistindo melhor a essas doenças e, por isso, curando-se mais rapidamente, quando acometido por elas.
No entanto, quando esse sistema está, por algum motivo, abalado, não consegue combater os eventos infecciosos que acontecem pelo corpo a tempo. Assim, seucomprometimento pode fazer com que o corpo se torne mais frágil e suscetível ao aparecimento e ao desenvolvimento mais acentuado e duradouro de doenças e infecções.
Entre as principais consequências e sinais do sistema imunológico fragilizado, podemos citar:
- maior vulnerabilidade a doenças e dificuldades para combatê-las;
- demora na cicatrização de feridas;
- infecções frequentes;
- aumento do nível de estresse;
- resfriados constantes e com recuperação mais demorada;
- problemas intestinais recorrentes;
- cansaço intenso
Como melhorar o sistema imunológico?
Caso tenha alguns dos sinais apresentados, é necessário dar mais atenção ao seu sistema imunológico. A boa notícia é que existem algumas mudanças no estilo de vida e novos hábitos que podem ser empregados como forma de torná-lo mais saudável e forte. A seguir, vamos apresentar os principais!
Manter uma boa alimentação
Uma boa alimentação abrange o consumo de mais vitaminas indispensáveis para o corpo. Por exemplo, acerola, abacaxi, laranja e kiwi são fontes de Vitamina C; nos peixes, como a sardinha, o atum e o salmão, pode ser encontrado o ômega 3; e os vegetais verdes escuros são fontes de Vitamina E.
Em feijões, aspargos e sementes, pode ser encontrado o ácido fólico. O consumo de zinco pode ser conquistado com a ingestão de cereais integrais e castanhas. Já os tomates contêm o licopeno. Sendo assim, todos esses alimentos são fundamentais para o fortalecimento do sistema imunológico.
Algumas especiarias também auxiliam bastante no aumento da imunidade, como:
- gengibre: elimina bactérias nocivas ao organismo e eleva as defesas do corpo;
- açafrão e cúrcuma: apresentam ação anti-inflamatória, antibacteriana e antioxidante;
- alho e cebola: têm características antibacterianas, anti-inflamatórias e antifúngicas.
É importante ressaltar que nenhuma mudança deve substituir a avaliação médica no caso da identificação de sintomas que podem corresponder à queda da imunidade.
Tomar um pouco de sol todos os dias
Tomar banho de sol por cerca de 15 minutos diariamente é uma prática que também ajuda a estimular a produção de Vitamina D, fundamental para o organismo, o fortalecimento dos ossos e o estímulo das defesas do sistema imunológico. Por esse motivo, o recomendável é ficar algum tempo no sol todos os dias, preferencialmente até as 10 horas e após as 16 horas.
Beber água regularmente
A ingestão de, no mínimo, dois litros de água por dia é indicada para manter o organismo saudável e livre de impurezas. Além disso, a hidratação ajuda no desenvolvimento das células de defesa e no fortalecimento da imunidade. É importante deixar claro que leites, chás e sucos não substituem o consumo de água.
Praticar atividades físicas
Os exercícios físicos minimizam o estresse e aumentam a produção de anticorpos no organismo. Mesmo com uma rotina corrida, você pode fazer, em casa mesmo, 30 minutos diários de atividades, usando materiais simples, como cadeiras e corda, e o próprio corpo.
Tarefas domésticas, como lavar o banheiro e varrer a casa, apesar de não substituírem completamente os exercícios como musculação, corrida, caminhada, natação, entre outros, podem ser usadas por meio da ampliação dos movimentos como forma de buscar a queima de calorias e a redução de estresse.
Cuidar do sono
Cuidar da qualidade do sono é indispensável para manter o sistema imunológico forte, considerando que evita o desgaste e possibilita que o organismo se recupere das atividades do dia a dia. Por esse motivo, dormir pelo menos 8 horas por dia é o ideal.
A fim de ter boas noites de sono, busque controlar suas emoções para evitar a ansiedade, a insônia, o pânico e o medo. Esses sentimentos e transtornos contribuem para o surgimento de substâncias imunodepressoras, como o cortisol. Caso esteja passando por problemas ao dormir, o ideal é buscar o auxílio de um profissional especializado.
Diminuir o consumo de alimentos industrializados
Alimentos congelados e fast food são cheios de conservantes e demais substâncias prejudiciais à saúde, que podem provocar infecções no organismo e diminuir a imunidade do corpo. Então, eles devem ser evitados.
Evitar o consumo de álcool e cigarro
Álcool, tabaco e demais drogas têm a capacidade de reduzir de forma significativa a imunidade, deixando o organismo sem defesa e vulnerável às infecções. Caso não consiga livrar-se completamente desses hábitos, ao menos, tente reduzi-los em prol de melhorar as defesas do corpo e, consequentemente, a saúde.
Usar medicamentos como polivitamínicos e poliminerais com doses terapêuticas
Além das dicas apresentadas, para fortalecer o sistema imunológico, é importante esquecer um pouco as dietas mais restritivas ou hipocalóricas, caso não haja necessidade médica ligada a elas. Deve-se manter uma alimentação equilibrada, sem cortar os nutrientes necessários para o pleno funcionamento do organismo, já que a falta deles também vai afetar as defesas do corpo.
Caso esses nutrientes não sejam alcançados por meio da alimentação, uma dica é buscar a ajuda de um profissional, que poderá recomendar como alternativa o consumo de polivitamínicos e poliminerais, com doses terapêuticas. O intuito é complementar a dieta e fornecer os níveis que faltam de minerais e vitaminas.
Quais são as vantagens da suplementação?
Às vezes, mesmo uma alimentação balanceada não é capaz de oferecer determinados nutrientes na quantidade de que o corpo necessita, devido, por exemplo, à baixa concentração deles nos alimentos. Assim, a suplementação pode se fazer necessária, especialmente se o seu sistema imunológico está de fato enfraquecido devido a algum déficit nutricional.
Em alguns casos, essa questão acaba sendo mais incidente em grupos como pessoas idosas, as que estão em tratamento de alguma doença crônica ou daquelas que apresentam algum tipo de distúrbio alimentar. No entanto, pessoas que seguem alguma dieta, como veganos e vegetarianos, também podem ser incluídos nesse quadro.
Nesse sentido, a complementação com suplementos pode trazer vários benefícios. Repondo os níveis de vitaminas e minerais que faltam na sua alimentação para os valores diários necessários, o seu sistema imunológico terá uma resposta imune muito mais rápida e eficaz. Desse modo, menos frequentemente você será acometido por infecções e doenças diversas.
A suplementação pode oferecer diversos nutrientes que auxiliam o sistema imune, conhecidos como imunomoduladores, atuando em diversas frentes desse sistema. Minérios, como zinco, magnésio, selênio e cobre, atuam na modulação positiva da resposta imune. Todos eles apresentam ação antioxidante: reduzem o estresse oxidativo, que, por sua vez, diminui o número de estímulos desreguladores do sistema imunológico.
Já vitaminas, como A, C, D e E, agem no fortalecimento das defesas. A Vitamina A atua na manutenção da pele e de mucosas e na produção de anticorpos, a Vitamina C, na produção dos glóbulos brancos, a Vitamina D aumenta a imunidade inata pela regulação da imunidade adquirida e a vitamina E auxilia na redução de danos oxidativos causados pelos radicais livres.
Claro que ter um sistema imune fortalecido não significa que o indivíduo não adoeça mais. Porém a suplementação de nutrientes tão importantes para as defesas do corpo como os citados pode ajudar a fazer com que isso aconteça com menos frequência e, quando acontecer, não perdure.
Além disso, é possível encontrar os suplementos na forma de poliminerais e polivitamínicos, que podem ser mais indicados para os casos em que há uma perda generalizada desses nutrientes, ou na forma individual de cada nutriente.
Apesar dos benefícios da suplementação aliada à boa alimentação, é necessário ter em mente que ela deve ser feita com equilíbrio, uma vez que o excesso desses nutrientes também pode afetar negativamente o sistema imune. Portanto, as indicações e as doses devem ser adequadas a cada indivíduo e, para isso, é essencial um acompanhamento médico.
Agora que você entende a importância de manter um sistema imunológico fortalecido, aproveite para aplicar as dicas apresentadas em seus hábitos do dia a dia e, dessa forma, manter seu organismo forte, saudável e longe de doenças.
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