Alimentar-se de fast foods constantemente, tomar refrigerante todos os dias… Embora a ideia de realizar refeições assim possa ser tentadora, temos que estar atentos aos tipos de obesidade e às consequências que essa doença crônica pode proporcionar à nossa saúde.
É claro que não há nenhum problema em “fugir” da dieta de vez em quando, mas é importante aderir a uma alimentação saudável diariamente, rica em frutas, legumes e verduras e outros alimentos que oferecem os nutrientes necessários para o bom funcionamento do nosso organismo.
Bom, não estamos aqui para passar sermão em ninguém, mas, sim, para mostrar como os diferentes tipos de obesidade podem agravar o seu quadro e como elas se relacionam com as dores articulares. Continue a leitura deste artigo até o fim e fique por dentro do assunto.
O que é obesidade?
Quando falamos em obesidade, não estamos falando da sua estética, mas sim da sua saúde que é o mais importante, concorda? Quando há o acúmulo de gordura corporal devido a uma alimentação pobre e acima da quantidade necessária, temos o que chamamos de obesidade.
Muitas vezes, esse tipo de doença crônica está associada à ansiedade e depressão, dificuldades de lidar com limites e frustrações, problemas para lidar com as emoções, autodisciplina e autocontrole. Nesses casos, o ato de comer age como um tranquilizador, em uma tentativa de reduzir a angústia e a ansiedade.
Quais são os principais tipos de obesidade?
Após entender o que é a obesidade, é necessário conhecer os tipos. Confira cada um deles.
Obesidade abdominal
Nesse tipo de obesidade, a gordura encontra-se acumulada na região do abdômen. Portanto, se esse for o seu caso, saiba que há chances de desenvolver problemas cardíacos, aumento do colesterol e diabetes
Obesidade periférica
Na obesidade periférica, a gordura concentra-se na região dos quadris, coxas e nádegas. Além disso, costuma ser mais comum em mulheres. Com isso, há possibilidade de desenvolver problemas de varizes e nos joelhos.
Obesidade homogênea
Nesse caso, a gordura concentra-se em todo o corpo de maneira generalizada. Nesse tipo de obesidade, o aumento de peso leva mais tempo para ser percebido. Devido a isso, a pessoa acaba engordando significativamente, chegando a estágios bem avançados da doença.
Como identificar os tipos de obesidade?
A obesidade pode ser identificada através do cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC). O cálculo é feito da seguinte forma:
Peso / altura ao quadrado
Com o resultado desse cálculo em mãos, você pode analisar em qual caso se classifica, podendo ser:
- peso normal: IMC entre 18.0 e 24,9 kg/m2;
- sobrepeso: IMC entre 25.0 e 29,9kg/m2;
- obesidade grau 1: IMC entre 30.0 e 34.9 kg/m2;
- obesidade grau 2: IMC entre 35.0 e 39.9 kg/m2;
- obesidade grau 3 ou obesidade mórbida: IMC igual ou superior a 40 kg/m2.
À medida que o tempo passa, o paciente pode começar a sentir alguns sintomas, como:
- falta de ar: o abdômen começa a pressionar o pulmão, fazendo com que ele tenha dificuldades de transportar o ar;
- dores corporais: dores nos joelhos, costas e pernas podem surgir devido ao esforço realizado para suportar o peso;
- roncos e apneia do sono: a respiração é prejudicada devido ao acúmulo de gordura no pescoço, dificultando as noites de sono.
Quais são as possibilidades de tratar a obesidade?
A obesidade não precisa ser a sua realidade para sempre. Existem diversos tratamentos que ajudam a reverter o quadro e a proporcionar mais qualidade de vida para as pessoas. No entanto, vale destacar a importância de você se conscientizar do problema e mudar seus hábitos para conquistar seu objetivo. A seguir, listamos os principais tratamentos usados.
Reeducação alimentar
O primeiro passo para se livrar da obesidade é mudar seus hábitos alimentares talvez, essa seja a parte mais difícil, porém, é importante destacar que é possível comer bem, sem recorrer a alimentos que não são saudáveis.
Na reeducação alimentar, será possível reduzir a ingestão calórica e o ganho calórico, a fim de alcançar o peso ideal e diminuir as chances do desenvolvimento de outras doenças decorrentes da obesidade, como hipertensão e diabetes.
Nesse momento, o auxílio de um nutricionista é fundamental, pois ele saberá orientá-lo a respeito de como a dieta hipocalórica balanceada deve ser feita. Nesse caso, o paciente terá uma dieta calculada, ou seja, saberá exatamente a quantidade de calorias que cada alimento deve ter e que podem ser ingeridas, sendo que o uso de uma balança ajudará muito nesse sentido.
Atividade física
Para melhorar os seus resultados, a prática de atividades físicas se torna muito importante. O movimento corporal resulta em um gasto energético e melhora o condicionamento físico. Logo, para a pessoa que tem obesidade, os exercícios ajudam a:
- reduzir o apetite;
- aumentar a ação da insulina;
- melhorar a sensação de bem-estar;
- aumentar a autoestima.
De início, o ideal é que sejam realizados exercícios regulares de pelo menos 30 a 40 minutos, 4 vezes por semana. Comece com atividades leves e, com o passar do tempo, você pode aumentar a intensidade. É igualmente interessante que um profissional da área de educação física acompanhe de perto os seus exercícios. Caso isso não seja possível, você pode realizar caminhadas rotineiras.
Tratamento medicamentoso
Medicamentos podem ser usados para tratar a obesidade. No entanto, eles são indicados quando o paciente tem dificuldade para perder peso, mesmo com a mudança no seu estilo de vida.
Outro caso do uso de remédios é quando é necessário auxiliar no tratamento de alguns comportamentos alimentares, principalmente quando eles estão associados a alterações emocionais. Somente o médico pode indicar o medicamento adequado, após avaliar cada caso.
Tratamento cirúrgico
Pode acontecer de o médico indicar uma cirurgia bariátrica e metabólica para tratar a obesidade. Normalmente, essas operações são recomendadas em casos de:
- Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 40 kg/m2;
- pacientes com IMC maior que 35 kg/m2, que apresentem comorbidades que ameaçam a vida como diabetes tipo 2, doença coronariana, apneia do sono etc.
Como a obesidade pode estar associada a dores articulares?
Uma das principais consequências da obesidade é a sobrecarga nos membros inferiores, o que ocasiona doenças articulares, como:
- artrose: quando há desgaste na cartilagem responsável por revestir as articulações. No caso da obesidade, ela faz com que haja uma maior pressão sobre a cartilagem, prejudicando, assim, a absorção do impacto;
- artrite: quando as articulações inflamam, dificultando movimentos e causando dores e deformidade. Além da obesidade agravar esse tipo de doença, ela também dificulta o tratamento, aponta estudo.
Agora que você já conhece os diferentes tipos de obesidade e sabe calcular o seu IMC, pode procurar ajuda profissional se achar necessário. Lembre-se de que não será uma caminhada fácil, porém, valerá muito a pena. Você ganhará em saúde e qualidade de vida.
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