Existe uma diferença básica entre o treino forte e overtraining.
Enquanto o treino forte exige das capacidades e leva o atleta ao melhor desempenho, o overtraining ocorre quando o atleta faz mais exercícios do que seu corpo é capaz de se recuperar.
Quando o ele exagera na atividade física sem ter o descanso adequado, e faz uma dieta incorreta, o efeito é prejudicial à saúde e seu desempenho. As consequências vão da ordem muscular, passando por problemas nas articulações, e resultam em malefícios no sistema imunológico e no aspecto psicológico do corredor.
Acredita-se a síndrome de overtraining esteja relacionada com uma estratégia de treino denominada “teoria da supercompensação”, que se fundamenta no princípio da sobrecarga progressiva. Essa teoria afirma que as reservas energéticas gastas durante o processo de contração muscular são repostas apenas no período de recuperação, ou seja, de descanso. Há também o efeito grave do desgaste das articulações, que pode prejudicar o atleta drasticamente.
Esse problema atinge principalmente mulheres e corredores de média e longa distância e implica em problemas das mais diversas ordens, como insônia, lesões agudas e crônicas, o sistema hormonal se desequilibra, irritabilidade, diminuição da performance e alteração da pressão arterial.
Para prevenir o overtraining é essencial obedecer ao treinador, conhecer o corpo, e identificar sensações como preguiça, cansaço, exaustão para saber respeitar os limites do corpo.